quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sobre a liturgia contemporânea

George Barna e Frank Viola (Cristianismo Pagão, 2005, p. 31) comentaram:

Igrejas atentas ao seu “índice de audiência” tem reconhecido a natureza estéril do culto moderno. Como resposta, elas incorporaram uma grande quantidade de media e modernizações teatrais na liturgia. O argumento que utilizam é que estão promovendo a adoração aos que não são membros. Utilizando o que há de mais moderno em tecnologia eletrônica, tais igrejas têm obtido êxito em inflar a massa. Como resultado, elas acabaram angariando a maior parcela do mercado [da fé] mais que toda tradição protestante na América do Norte. Contudo, apesar do entretenimento, até mesmo o movimento das igrejas que atuam em função de seus “indicadores” não conseguiu livrar-se da pró-forma litúrgica protestante, imóvel, sem imaginação, sem criatividade, inflexível, ritualista, sem sentido. O culto, portanto, continua cativo pelo pastor, o tripé “sermão, hino, apelo” permanece intacto, e a congregação prossegue na condição de espectadora muda (só que agora está mais entretida nesta condição). A liturgia protestante, que você observa (ou agüenta) a cada domingo, ano após ano, na realidade dificulta a transformação espiritual. Isto se deve a três fatores: 1) estimula a passividade, 2) limita o funcionamento, e 3) implica que investir uma hora por semana é o segredo da vida cristã vitoriosa. Cada domingo você assiste ao culto para ser atendido, enfaixado e reconduzido, como todos os demais soldados náufragos. Todavia, isso nunca se realiza. A razão é bem simples. O NT nunca relata esse tempo que cada um de nós passa sentado em um ritual calcificado, que nós mal etiquetamos como “igreja”, como algo que tenha algo a ver com transformação espiritual. Crescemos quando funcionamos não quando olhamos e escutamos sentados passivamente.

Assino embaixo. Pense nisto.

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